sábado, 21 de dezembro de 2013

Pregadores sem Unção

Vivemos a época do intelectualismo ressequido nos púlpitos de nossas igrejas.


Onde a ignorância espiritual tem sido uma constante no meio do povo de Deus. Não há discernimento, não há oração, não há vigor, apenas destruição e corrupção ministerial dia após dia. 
Como disse ao povo ontem: (20/12/13) “Ignorância destrói”


Você ora? Tua família ora? Sua igreja ora?

Colecionadores de pérolas intelectuais, que nada possuem do Espírito Santo, pois não buscam a glória de Deus e sim a dos homens.

Não se mede o desempenho ministerial em 30 minutos ou uma hora de preleção, mas em uma vida nos aposentos da oração. Como dizia o arauto de Deus do século 20 Leonard Ravenhill “Me diga o quanto e como ele ora e direi o quão grande ele é”

Você ora? Tua família ora? Sua igreja ora?

Ninguém precisa ser espiritual para pregar, isto é, a preparação e pregação de um sermão perfeito segundo as regras da homilética e com exatidão exegética, não requer espiritualidade. Qualquer um que possua boa memória, vasto conhecimento, forte personalidade, vontade, autoconfiança e uma boa biblioteca pode pregar em qualquer púlpito hoje em dia. E uma pregação dessas pode sensibilizar as pessoas, mas a oração move o coração de Deus. A pregação toca o que é temporal, a oração o que é eterno. O púlpito pode ser uma vitrine onde expomos nossos talentos, o aposento da oração, pelo contrário, desestimula toda a vaidade pessoal. [1]

Os pregadores que deviam estar “pescando homens” parecem estar pescando mais é o elogio deles. Os que costumavam espalhar a semente, agora estão colecionando pérolas intelectuais. (Imagine só, semear pérolas num campo!)[2]

Você ora? Tua família ora? Sua igreja ora?

Adquire à unção, se não os altares vazios de nossas igrejas serão exemplos vivos de nosso intelectualismo ressequidos.

“Todo declínio espiritual começa com a negligência da oração. Nenhum coração pode desenvolver-se bem sem muita comunhão intima com Deus, não existe nada que possa compensar a falta dela” Berridge

Unção não se adquire em alguns minutos antes do sermão, mas em uma vida de constante comunhão com Deus.

Você ora? Tua família ora? Sua igreja ora?

Estamos vendo a construção de impérios pessoais em nome de JESUS. Homens vazios do Espírito Santo, sermões vazios, púlpitos vazios formando igrejas vazias de Deus.


Qualquer mensagem formada na mente falará apenas a mente de homens, mas a mensagem que é forjada no coração falará aos corações.

Os pastores deveriam perguntar ao candidato ao ministério quanto tempo ele ora por dia! Com certeza absoluta seria enorme o numero dos reprovados e não é de se admirar que muitos pastores também não oram.

Hoje vemos muitos dos nossos jovens correrem para aprender a pregar, pois o púlpito tornou-se uma vitrine para exibir os talentos, mas não os vemos fazer como os discípulos disseram a Jesus: "Senhor ensina-nos a orar!"Lc.11

Sabe por que isto não acontece em nossos dias? Porque não há exemplo suficiente de homens abnegados que oram como Jesus orava. Homens que renunciam a fama, poder e sucesso para mostrar a grandeza da humildade e vida de serviço a Deus. Íntimos de Deus!

Você ora? Tua família ora? Sua igreja ora?

Dê-me algum minuto próximo a alguém que ora e direi se ele é um homem de oração. Há muita falácia na oração, muitos adjetivos, porém nenhum conhecimento de quem é Deus. Não há intimidade, não há poder, não há transformação de vidas. 

“Precisamos orar não até Deus nos ouvir, mas até que consigamos ouvir Deus.” Desconhecido

Você ora? Tua família ora? Sua igreja ora?

Neste tempo de ambição por poder, dinheiro, fama, sucesso, não há espaço para reunião de oração, não há joelhos que sangram, não há sede por Deus como nos tempos de nossos irmãos de Atos e nosso mestre Jesus.

Você ora? Tua família ora? Sua igreja ora?

A batalha do pregador não começa no púlpito da igreja, mas sim, inicia e é vitoriosa no aposento da oração.

Você ora? Tua família ora? Sua igreja ora?

Quando vier o filho do homem achará ainda uma igreja que ora? Lc.18.1-8

Vamos orar?

Pr. Neemias Fagundes






[1] RAVENHILL LEONARD- Por que Tarda o Pleno Avivamento- Pag.11


[2] RAVENHILL LEONARD- Por que Tarda o Pleno Avivamento- Pag.12

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Que avivamento é esse?

Neemias 1.4-6

Eu me pergunto: Quando de fato vamos nos posicionar com o que está acontecendo no meio evangélico em nossos dias?


Faço das palavras de Paulo Junior as minhas, “se não acordarmos a tempo veremos uma geração inteira desabando no inferno”.

Esta é a geração mais fraca e débil de crente que já pisou neste solo.

Poderíamos estar felizes pelo numero vertiginoso de evangélicos atual em nosso país, aproximadamente 50 milhões. Nunca se ouviu falar de um contingente tão expressivo de “evangélicos”, como dizem os condutores cegos: um grande avivamento está acontecendo no Brasil. Mas se isto fosse verdade, por que vemos um quadro totalmente oposto em nossa sociedade e igrejas?


Todas às vezes na história da igreja quando se ouviu falar de um avivamento, ouvimos uma expressiva redução da criminalidade, corrupção, adultérios e etc.

O reformador francês João Calvino (1509-1564) influenciou o mundo em sua época com seu trabalho teológico. Houve uma inferência na educação, filosofia e política com a vida e ministério deste homem.

John Wesley foi um avivacionista que revolucionou a Grâ-Bretanha no seu tempo. Martinho Lutero foi o canal da reforma protestante no século 16. O apóstolo Paulo influenciou continente com sua pregação do evangelho.

Todos eles fizeram a diferença no seu tempo porque se importaram com o quadro lastimável em que se encontrava o povo no seu período.


Não haverá mudança no conformismo, não haverá transformação apenas porque nos manifestamos contra teologias da prosperidade, curas e etc. É preciso mais do que ser contra as heresias, é preciso que sinta angústia como Neemias sentiu pelo quadro em que se encontrava o seu povo. É preciso que exista alguém que de fato se importe com o que está acontecendo com a igreja.

Ser contra a teologia da prosperidade não te faz ser a favor da verdadeira teologia. Manifestar-se contra o falso evangelho não te faz um evangelista e ouvir um bom sermão não te faz um bom cristão. A diferença entre uma coisa e outra está na vontade. Quando ela não lhe pertence mais e sim a outro (Jesus), quando a vontade de Deus falar mais alto do que sua faculdade, posição, dinheiro, status, privilégios.



Quando você não tiver mais nada por precioso, conquanto que pregues a verdade a todos os homens, que busque a reforma espiritual com toda a tua vida até sangrar. Hb.12.4



Neemias era um profissional, ele era apenas um copeiro. Ele não era conferencista, missionário, cantor, pastor etc, mas sentiu angústia pelo caos entre o seu povo. E nós como nos comportamos contra as heresias que tem tomados nossos púlpitos?

É preciso frisar que o avivamento de Atos 2 só foi possível após o batismo com angústia do Getsêmani.



Precisamos também lembrar que a reforma do tempo de Neemias só foi possível ser realizada porque existiu um homem que se angustiou pelo quadro moral, espiritual e político que se encontrava o seu povo.

Deus está a procura de quem se importa!

Precisamos parar com a hipocrisia de que está tudo bem conosco. Nunca se ouviu falar em outra época acontecer dentro das igrejas, tantos divórcios, inadimplências, adultérios, segundo casamento, pedofilia, amor ao dinheiro, e etc., como ouvimos em nosso tempo e ainda temos coragem de chamar isto de avivamento?



Como podemos chamar isto de avivamento quando o que vemos é uma degradação moral e política em nosso país? Como diz Paulo Junior: Este governo que rege nosso Brasil é um governo pró-aborto, pró-pedofilia, anti-Deus, anti-família, facista, comunista.

Neemias não se importou com sua posição, ele não teve sua vida por preciosa. Quantos de nós nos omitimos acreditando ser este oficio de outros?

A igreja deveria impactar o mundo, mas o que vemos é o mundo impactando a igreja. Como disse certo pregado: “Em um tempo eu procurei pela igreja e achei-a no mundo, hoje procurei pelo mundo e achei-o na igreja.”


Não vejo com bons olhos está simpatia toda da mídia com os evangélicos, “Festival Promessas”, quantos estão na euforia por pensar que estamos dominando o mundo. Líderes com seus numerosos evangélicos no afã de intimidar o governo querendo com isso mostrar sua força política. 


Sabemos que o mercado fonográfico olha o público evangélico como consumidores, e as emissoras também. Quanto mais crescem mais lucros eles terão.

Não assisti este “Festival”, (não perderia meu precioso tempo) mas ouvi de quem assistiu que não difere em nada de uma festa mundana. Algazarras, balburdias e histeria.


Precisamos de homens com angustia na alma até a morte como nosso mestre Jesus, Neemias, Jeremias, Isaias, Ezequiel, Paulo, Martinho, Agostinho, Savonarola, Spurgeon, João Hus, Calvino, Wesley, Daniel Berg, Gunnar Vingre, David Wilkerson, Leonard Ravenhill, Washer, Jonathan Edwards, Tozer, Pink, Moody, Macalão e muitos outros que aqui não iria conter. 


Saiba que a verdadeira alegria nasce da angústia pela causa santa.


Deus nos desperte em nome de Jesus.

Pr. Neemias Fagundes