segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Remendo novo em Pano Velho

Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura. 
Mateus 9:16






                          Jesus fala por via de parábola com respeito à questão levantada pelos Judeus e Fariseus com consideração a sua postura em assentar-se com “pecadores”. E ao mesmo tempo indaga sobre os discípulos de Jesus não jejuarem tal como eles faziam.

Jesus conhecia os corações deles e também a lei. Ele sabia que a lei pedia um jejum anual no dia da expiação e que também por tradição os fariseus jejuavam duas vezes por semana.


Com uma breve analogia ele desfaz a primeira questão. Pois se o noivo estava presente com eles não era motivo para jejum que, aliás, lembra mais tristeza, pesar do que alegria. ATÉ O MOMENTO EM QUE O NOIVO FOR TIRADO DAÍ ENTÃO TERÃO QUE JEJUAR.


Ele estava na casa de Mateus seu mais novo discípulo, um cobrador de imposto que era mal quisto pelos Judeus por ser um fiscal de imposto. Eram comparados a pecadores, roubadores, adúlteros em razão do seu ofício.

Jesus rebate o preconceito deles dizendo que ele veio para os que estão doentes e não os sãos.

A seguir ele declara por via de parábola o quanto eles estavam presos a uma vida estagnada em razão da forte tradição que engessou a percepção espiritual destes homens.


REMENDO NOVO EM PANO VELHO, E VINHO NOVO EM ODRES VELHO. Um remendo novo com o tempo estica rasgando o pano velho. E um vinho novo fermenta, produzindo gazes, sendo assim o odre velho não dilata rompendo sua estrutura e perdendo todo o vinho.


Ninguém poderá viver o novo enquanto não se desvencilhar do velho. Ninguém poderá experimentar o novo enquanto não se desfazer da velha estrutura.


Os grandes obstáculos nos dias de hoje são as tradições, costumes, preconceitos distorcidos, infância roubada e muito mais que afetam o poder de decisão.


O medo de abrir mão para abraçar uma oportunidade ainda maior









E A VACA FOI PRO BREJO


Um sábio mestre e seu discípulo andavam pelo interior do país há muitos dias e procuravam um lugar para descansar durante a noite. Avistaram, então, um casebre no alto de uma colina e resolveram pedir abrigo àquela noite. Ao chegarem ao casebre, foram recebidos pelo dono, um senhor maltrapilho e cansado. Ele os convidou a entrar e apresentou sua esposa e seus três filhos.
Durante o jantar, o discípulo percebeu que a comida era escassa até mesmo para somente os quatro membros da família e ficou penalizado com a situação. Olhando para aqueles rostos cansados e subnutridos, perguntou ao dono como eles se sustentavam.
O senhor respondeu:





Parábola da vaca


- Está vendo àquela vaca lá fora? Dela tiramos o leite que consumimos e fazemos queijo. O pouco de leite que sobra, trocamos por outras mercadorias na cidade. Ela é nossa fonte de renda e de vida. Conseguimos viver com o que ela nos fornece.
O discípulo olhou para o mestre que jantava de cabeça baixa e terminou de jantar em silêncio.
Pela manhã, o mestre e seu discípulo levantaram antes que a família acordasse e preparavam-se para ir embora quando o discípulo disse:
- Mestre, como podemos ajudar essa pobre família a sair dessa situação de miséria?
O mestre então falou:
- Quer ajudar essa família? Pegue a vaca deles e empurre precipício abaixo.
O discípulo espantado falou:
- Mas a vaca é a única fonte de renda da família, se a matarmos eles ficarão mais miseráveis e morrerão de fome!
O mestre calmamente repetiu a ordem:
- Pegue a vaca e empurre-a para o precipício.
O discípulo indignado seguiu as ordens do mestre e jogou a vaca precipício abaixo e a matou.
Alguns anos mais tarde, o discípulo ainda sentia remorso pelo que havia feito e decidiu abandonar seu mestre e visitar àquela família.
Voltando a região, avistou de longe a colina onde ficava o casebre, e olhou espantado para uma bela casa que havia em seu lugar.
- De certo, após a morte da vaca, ficaram tão pobres e desesperados que tiveram que vender a propriedade para alguém mais rico. – pensou o discípulo.
Aproximou-se da casa e, entrando pelo portão, viu um criado e lhe perguntou:
- Você sabe para onde foi à família que vivia no casebre que havia aqui?
- Sim, claro! Eles ainda moram aqui, estão ali nos jardins. – disse o criado, apontando para frente da casa.
O discípulo caminhou na direção da casa e pôde ver um senhor altivo, brincando com três jovens bonitos e uma linda mulher. A família que estava ali não lembrava em nada os miseráveis que conhecera tempos atrás.
Quando o senhor avistou o discípulo, reconheceu-o de imediato e o convidou para entrar em sua casa.
O discípulo quis saber como tudo havia mudado tanto desde a última vez que os viu.
O senhor então falou:
- Depois daquela noite que vocês estiveram aqui, nossa vaquinha caiu no precipício e morreu. Como não tínhamos mais nossa fonte de renda e sustento, fomos obrigados a procurar outras formas de sobreviver. Descobrimos muitas outras formas de ganhar dinheiro e desenvolvemos habilidades que nem sabíamos que éramos capazes de fazer.
E continuou:
- Perder aquela vaquinha foi horrível, mas aprendemos a não sermos acomodados e conformados com a situação que estávamos. Às vezes precisamos perder para ganhar mais adiante.
Só então o discípulo entendeu a profundidade do que o seu ex-mestre o havia ordenado fazer.


Procure em sua vida se não há uma vaquinha para empurrar no precipício ou se alguma já caiu e você não percebeu que foi algo bom.
Perder um emprego, acabar um relacionamento e outras tantas outras coisas traumáticas são como marcos em nossas vidas, servem para mostrar que você passou por ali e sobreviveu, ficou melhor e mais forte.
Se sua vida mudou por uma circunstância dessas, agradeça. Mesmo que pareça ruim agora, tudo leva a um caminho melhor, só depende de como você vê.


Jamais viveremos um ano novo enquanto persistirmos, nos mesmos erros do ano que passou.


Mude a rotina da sua vida, perdoe, ame, quebre o ciclo vicioso. Pare de colher as mesmas coisas é tempo de mudar a sua história.


Queixamo-nos em razão de nossas escolhas Lm.3.39


Você faz suas escolhas suas escolhas fazem você.







Neemias Fagundes




Nenhum comentário:

Postar um comentário